domingo, maio 30, 2010

Promessa.

- Eu tenho medo. – Ele disse me olhando seriamente.
- Medo de que? – Questione-o não querendo saber da resposta.
E pela segunda vez eu vi em seus olhos o mais puro amor, a mais pura confiança em mim que já tiveram, mas também eu vi o receio, receio de perder algo, o medo de que algo pudesse acontecer, de ter o seu coração partido novamente.
- De algumas coisas. - Olhei-o com um olhar divertido, deitei novamente na cama e fechei os olhos, sorri por alguns instantes, eu ainda não estava pronta para saber a resposta ou ao menos, eu não queria saber da resposta.
- Ah! Não seja bobo, não tenha medo. – Ele deitou ao meu lado, olhou-me e encostou os lábios meio avermelhados no meu, os dedos dele foram deslizando no meu corpo fazendo com que eu sentisse comichões em toda parte, a cada toque era uma sensação diferente, ora fria, ora quente, não havia explicação, era apenas bom.
Estávamos chegando à parte em que eu pararia e falaria não, como sempre, então nós contaríamos uma piada de português e riríamos feito uns bobos.
- Me promete uma coisa? – Perguntou-me sério, sem o olhar brincalhão que antes aqui havia.
- Claro.
- Prometa-me que quando você se for, você deixará o meu coração aqui, junto a mim, eu preciso dele. Prometa-me que quando você se for, você deixará o meu amor aqui também, porque, eu não posso, não novamente, ter o meu coração partido em pedaços ou apenas prometa-me que quando você se for, você voltará após uns minutos dizendo que já não pode mais viver sem mim. – Calei-me alguns instantes, apesar de ter dito que prometia aquilo, eu não prometia, porque eu sabia, eu iria embora levando o seu coração comigo, cedo ou tarde .

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Só deixando claro, nada contra os portugueses.

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