Traição.

Nina chegara cedo em casa, exausta e com fome. Enquanto colocava sua bolsa no sofá e desabotoava o casaco ouviu um riso. Um riso fino, baixo, de mulher. Um mal pressentimento.
“Não por favor, que não seja o que estou pensando, não mereço, por favor.” Subiu lentamente as escadas afim de descobrir o que já sabia, chegou perto do quarto, ali havia uma pequena fresta onde se podia ver quase que perfeitamente um corpo feminino, magro, com os cabelos loiros e um sorriso no rosto.
Nina abrira a porta bruscamente deixando surpresos a mulher loira e o cara com que estava casada a quase dois anos. Sentiu-se então burra, burra por não ter percebido o tão cafajeste que ela era, agora se encaixava tudo, os dias que não queria transar, os dias em que voltava as duas da manhã para casa com a desculpa de que estava em uma reunião. “Como pude ser tão burra?” . Sentiu seu rosto queimar, sentiu as lágrimas invadindo-a.
Desceu as escadas rapidamente, pegou sua bolsa, mas antes de poder fechar a porta atrás de si ouviu ele, com a voz tremula:
- Querida, não vá. Por favor. Não é o que está pensando. Volte.
Nina fechou a porta com toda força que tinha, ela queria mais do que nunca voltar no tempo. Pensar duas vezes. Não acreditar nas promessas falsas que ele lhe dizia.
Sentiu-se sem chão, sem ar, como se o mundo perfeito que ela vinha construído tivesse desmoronado, não havia mais porque continuar vivendo.
Entrou em um supermercado que havia ali perto, comprou um garrafa de vodca e remédios para dormir.
- São vinte e oito dólares. - A menina do caixa disse com cara de entediada e mascando chiclete.
Nina lhe dera trinta e como resposta disse que poderia ficar com o troco.
Saiu do supermercado e foi se sentar sob de uma árvore, queria refletir um pouco, saber o que seria daqui para frente, mas agora ela queria descansar um pouco. Abriu a bolsa, pegou uma caneta e um papel e começou a escrever enquanto a lágrimas eram derramadas no papel.
Eu realmente não dou sorte, eu não merecia passar pelo o que eu passei hoje.
Me pergunto o que houve com o amor que você, John, jurava ter por mim? Onde está aquele “Feliz para sempre”? Também me pergunto onde foi que errei, quando foi que você deixou de me amar, quando foi o dia em que eu deixei de ser a mulher perfeita para você.
Ah, você não sabe o quanto está sendo difícil para mim neste momento, você não sabe porque está aí, no nosso apartamento, na nossa cama, com aquele vagabunda loira oxigenada.
Eu não sei mais o que me resta, o que fazer da minha vida.
Penso que há uma solução simples, silenciosa, traiçoeira, assim como a sua traição.
Remédios para dormir e vodca sempre se deram tão bem, não é John?
Abriu a garrafa e os remédios. Tomou os dois juntos. Ela estava cansada, queria descansar, pois bem ela iria descansar, para sempre.
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Desculpe-me meus queridos seguidores pelo meu sumiço, são quase dois meses né?. Bem, eu posso explicar; to sem pc e tá muito difícil eu criar algum texto legal, sinto muito, além do mais fui viajar e a internet lá era cara u.u, enfim...deu dois meses e eu não postei nada que preste. Me descuĺpem por favor ):
Ah, um recadinho pro narck: desculpa por não fazer um texto nosso de 8 meses, nem sobre a viagem, bem sobre várias coisas. desculpa, te recompenso com beijos.
Obrigada a todos que ainda seguem aqui. Beijos.