quinta-feira, janeiro 14, 2010

Eduardo.

Eduardo era apaixonado. Apaixonado pela vida, por ela. Eduardo havia se apaixonado, e por cinco meses ele tinha o pensamento de que somente o amor dele por ela bastaria. Ela disse: “não crie esperanças comigo”, ele não ouviu, achou que ela estava somente brincando, algo do gênero.
Mesmo alertado, ele era incapaz de não amar o jeito dela, a forma como dançava ou falava mexendo as mãos, ele amava a forma como ela lambia os lábios ao pensar alguma malícia, adorava a marca de nascença em forma de coração que ela continha perto do ombro.
Ele gostava de imaginar os dois juntos, em um parque qualquer com uma cesta cheia de doces, salgados, um vinho caro, mesmo sabendo que ela odiaria isso.
Ela era diferente, ela não ligava para ele a noite, os jantares eram sempre agitados, cheio de risadas e palavras sarcásticas, ele sentia que com ela, ele seria feliz.
Ele tentou. Tentou de alguma forma fazer com que ela se apaixonasse por ele do mesmo modo que ele estava completamente apaixonado por ela. Ele toleraria os vícios dela, os palavrões quando estava chateada, mas quando ela o abraçasse e dissesse que o amava, ele iria pensar que nada estaria melhor.
Mas ele não a tinha. Ela já não atendia as ligações e se atendia diz que está ocupada no dia, evitava encontros ou qualquer coisa do tipo. Os jantares não eram mais freqüentes, as risadas também não. Ele lembrava a cara que ela fazia, ele lembrava dia e noite, noite e dia.
O seu coração não era o mesmo, o seu corpo estava cansado daquilo tudo, era queria um solução para aquele tormento. As ligações para ela cessaram, nada de encontros, sorrisos espontâneos e jantares divertidos, no seu quarto era o único lugar que ficava, o trabalho não era mais prazeroso.
Na manhã de segunda, ele ouve a campanhia tocar, ele estava exausto, mesmo assim abriu a porta. Com os olhos ainda meio fechados e a cabeça zoneando ele reconheceu quem era. Era ela.
Do mesmo jeito que a conheceu pela primeira vez. Uma calça jeans escura, uma blusa preta qualquer, botas de salto alto fino preta e um cigarro na mão. Ela sorria entre uma ou duas tragadas. Ele não sorriu.
Ela disse ainda sorrindo “Eu vim buscar o meu coração que você tirou de mim”, ao ouvir aquilo, o coração dele disparou, ele a olhou, os olhos estava brilhantes, competiam com as estrelas.
Ela o abraçou, ele correspondeu, os olhares sem encontraram, agora ele tinha certeza, ela o amava, assim como ele. Ele a beijou ternamente, com carinho, saudade, paixão e fogo.
Não demorou muito para ele voltar para a cama, mas só que seria com ela e ele tinha certeza de que não iria dormir.

0 comeram muffins:

Postar um comentário

Sua opnião faz o blog, sabia? Então vamos lá, solte o verbo e não deixe nada engasgado na garganta. Críticas construtivas, elogios e tudo mais são sempre bem-vindos.

Related Posts with Thumbnails